TORRE DE DONA CHAMA

Vila de Torre de Dona Chama

 Descubra a beleza fascinante desta vila transmontana

TORRE DE DONA CHAMA

A vila de Torre de Dona Chama, é uma freguesia portuguesa do Concelho de Mirandela, que se situa na terra quente do nordeste transmontano.

Conjuga um vasto património histórico e cultural, integrado em paisagens de cortar a respiração.

Na região, existem diversos miradouros, onde se  podem observar paisagens variadas: há rios, montanhas e terrenos plantados, onde predomina essencialmente o olival tradicional.


Lenda de Torre D. Chama

Dona Chamorra
pernas de cabra
cara de senhora

Chamôa se chamava a senhora, dona da Torre Moura, de rosto formosíssimo e pés de cabra. Por causa do seu defeito — os pés de cabra — nunca saía dos seus aposentos e pelas friestas só mostrava o seu rosto, de peregrina beleza e uma das mãos, onde brilhava um anel, símbolo do seu poderio. Sensual e lúbrica, chamava a audiências vários homens, nenhum saindo, com vida, fora das muralhas.
Um dia, um cortesão, chamado a audiência, consegue embalar e entreter a senhora, de tal forma que ela adormece. O cortesão, vendo a senhora a dormir tão profundamente e aterrorizado pelos pés de cabra que via, rouba-lhe o anel e desce a Torre Moura. Não o querem deixar passar os homens de armas, mas ele mostra-lhes o anel da senhora e, perante esse símbolo, todos obedecem.
O homem sai. Quando descia a encosta do monte, a dona da Torre começa a chamá-lo, mas ele finge, seguindo sempre, que não ouve.
Porém, em baixo, os homens de armas gritam-lhe: «a dona chama!» Responde ele: «Chama, Chamona Pernas de Cabra, Cara de Dona» e assim se formou a Dona Chama...
Essas fortificações atribuídas aos mouros, pela tradição, foram tomadas a estes pelos cristãos, em duro e fero combate, sendo esta tradição corrente, ainda hoje e simbolizada por actos guerreiros entre dois grupos: um de cristãos e outros de mouros, no dia 26 de Dezembro de cada ano.
O que é certo, porém, é que Torre de D. Chama foi uma terra fortificada, da qual foram senhores a família Vaz Guedes, senhores também de Murça e Águas Revez.

História

Torre de Dona Chama


Com uma história riquíssima, as suas origens remontam aos tempos antes da formação de Portugal.
Terá sido fundada por volta do ano 960, por uma nobre senhora dama, Dona Chamôa Rodrigues, que ali terá vivido, já atrás referida na Lenda de Torre de D. Chama.

Em plena idade média, Torre de Dona Chama começa a ganhar maior importância, inclusive estratégica, uma vez por ali passava um importante eixo viário regional que de Guimarães se dirigia a Bragança. Nesse sentido e para a repovoar, o rei D. Dinis dá-lhe o foral em 25 de abril de 1287, renovando-o a 25 de Março de 1299. Ainda mais tarde, D. Manuel I concede-lhe novo foral a 14 de Maio de 1512.

Inicia a sua tradição municipalista antes do século XIII, no tempo de D. Fernando, tendo sido passada para um português fiel, Gonçalo Vasques Guedes (Senhor de Murça), na regência do Mestre de Avis, sendo que se manteve nesta família de geração em geração.

No entanto o concelho de Torre de D. Chama  acaba por ser extinto em 1855 e volta a passar novamente a vila, em 1989, devido ao grande desenvolvimento e bairrismo que a localidade acaba por assumir.

A vila detém um vasto achado arqueológico e vestígios, que ainda hoje nos permitem testemunhar os tempos das suas origens, como o monumento tipo berrão "a Ursa", trabalhada em pedra junto a um Pelourinho. 

No monte São Brás, existe uma ermida aquela santo, cuja capela está rodeada de restos da muralha de um forte luso romano.
Estas muralhas (castrejas), sofreram as diferentes passagens de povos, romanos, mouros, cristãos e entre outros.

No centro da vila, existe a Igreja Matriz de Torre de Dona Chama, ou Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Encarnação. É um exemplar bem preservado da arquitectura religiosa, barroca, destinado ao culto católico paroquial.
Situado em posição sobranceira, numa área de pendente Norte/Sul, no centro de uma plataforma (adro) artificial, criada por muro de sustentação a Sul em cantaria de granito e em que sobre o cunhal Sudoeste sobressai um pequeno relógio de sol.


Na década de 60, a vila de Torre de Dona Chama, detinha como principal actividade: o comércio de azeite, cereais, fruta, hortícolas, e vinho.
Assume-se como uma das principais localidades dinamizadoras da região, pelos diferentes serviços económicos sociais que ali existiam: depósito de adubos, agências de jornais, agência de seguros, alfaiates, casa do Povo, lagar de azeite, negociantes de produtos agrícolas e entre outros.


  




 
   Zona antiga da Vila 
   Berrão "a Ursa"
   Monte São Brás 
   Capela de São Brás
   Monte São Brás 
   Muralhas
     Centro da Vila 
    Feira comercial
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